quinta-feira, 11 de agosto de 2016


Fórum Cabo Branco é realizado na PBTur


         Mais uma discussão em busca de salvar a Barreira do Cabo Branco foi realizada ontem. O Grupo Amigos da Barreira (GAB) e a Universidade Federal da Paraíba (UFPB) realizaram no período das 8h até as 12h no auditório da Empresa Paraibana de Turismo (PBTur), em João Pessoa, o 1º Fórum Cabo Branco Para Sempre, cujo objetivo é buscar a melhor solução para a Barreira do Cabo Branco, que sofre com aceleração de seu desgaste.
         Essa foi a primeira vez que técnicos abalizados no estudo da problemática fizeram observações importantes a serem discutidas, com base no projeto apresentado anteriormente pela Prefeitura de João Pessoa. Conforme o presidente do GAB, Ricardo Lombardi, os técnicos, que estudaram durante três anos para elaborar um estudo, fizeram importantes observações a serem discutidas, com o intuito de garantir a execução do melhor projeto de impacto ambiental e paisagístico.
         Na ocasião, a professora Lígia Tavares, do Departamento de Geociências da Universidade Federal da Paraíba, explicou que em 2006 a Prefeitura Municipal de João Pessoa contratou a UFPB e mais três universidades públicas do Nordeste para fazer estudos que são chamados de EIA – Estudos de Impactos Ambientais. “A prefeitura municipal gastou R$ 600 mil dos cofres públicos para que esse estudo fosse realizado com todo um levantamento oceanográfico, de dinâmica costeira, enfim, de todos os problemas que existem na falésia em busca de salvar a Barreira do Cabo Branco”, disse.
         Conforme ela o ponto da discussão do fórum foi para saber o porque da prefeitura de João Pessoa não tenha seguido as orientações desse estudo para elaboração do projeto no sentido de direcionar propostas pontuais para contenção da erosão da Barreira do Cabo Branco. “Nós queremos saber porque a prefeitura não levou em consideração o estudo já realizado e deu continuidade com projetos executivos que não obedecem as orientações desse primeiro estudo que foi realizado, ou seja, não existe o EIA nesse projeto da prefeitura”, destacou.
         Ao apresentar o projeto a secretária do Planejamento (Seplan) da PMJP, Daniela Bandeira, disse que ele foi desenvolvido a partir da proposta básica da exposta pela professora Ligia Tavares. “Afirmo que não houve em momento algum desligamento dos primeiros estudos existentes a proposta existente hoje. O que nós temos é uma continuidade desse estudo, porém, havia a necessidade de se fazer alterações e melhoramentos nos projetos apresentados e isso tudo foi feito no nosso projeto executivo. No momento a PMJP está preparando o procedimento licitatório, será feito um novo estudo de impacto ambiental para dar seqüência ao projeto”, disse a secretaria.
         Como gestora publica do turismo a presidente da PBTur, Ruth Avelino, disse que o importante é dar uma solução definitiva a barreira, cujo processo de erosão vem causando a sua queda. “Existe um projeto de estudo feito por profissionais e a professora Ligia explicou no fórum sobre esse estudo, portanto o interessante é que todos os setores estejam unidos tentando buscar uma solução para aquele patrimônio natural que nós temos que faz o grande diferencial da Paraíba, porque os turistas vem a João Pessoa conhecer e fotografar o ponto mais oriental das Américas”.

Por Teresa Duarte

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