Paraíba tem um
cemitério de navios naufragados que podem ser vistos pelos turistas
Navio Alvarenga |
Se os turistas encontram belezas
inesquecíveis no litoral paraibano, há ainda roteiros que intrigam a imaginação
de todos. No litoral paraibano está registrado um cemitério de navios. Isso
mesmo. Mergulhadores especializados e documentos da Marinha Brasileira
registrados a partir do Século XVI apontam que sinistros incluem um rol de
brigues ingleses, escunas e caravelas portuguesas e espanholas, navios
americanos e de outras nacionalidades, que adernaram para sempre nas praias
tabajaras.
Registros sobre
os locais dos sinistros marinhos:
Jacumã
Nessa
praia do Litoral Sul, em profundidades que variam de 10 a 45 metros, estão
afundados a escuna Jessé, de bandeira portuguesa (1574); as embarcações
francesas Pierre (1582), Jumeau (1708), Chargeur D Flote (1712), o Piegge e o
Marie II (1722), além dos navios americanos Shorting Star (1856) e Transit
(1871). Em 1866 naufragou alí o navio inglês Queen Of The Forthe. Em outras
praias próximas, existem cascos que jazem sob a água há mais de 100 anos.
Tambaú
A
nove quilômetros da costa, e em profundidades que variam de 10 a 35 metros ,
estão naufragados os navios Ship Eriê, de bandeira americana (1873), o inglês
Alice (1911) e o espanhol Alvarenga (1926). O Eriê, que naufragou após a
ocorrência de um incêndio em suas máquinas, até a década de 1980 era conhecido
como o “Queimado".
Cabedelo
Na
Praia do Poço, em Cabedelo, estão o vapor Santa Clara (1865) e o iate Laura
(1874). Na Enseada de Cabedelo naufragaram o iate português João Luiz (1674), a
galera francesa Eduard (Século XIX) o vapor Non Pareil (1852), os vapores
brasileiros Grão Pará (1909), Alegrette (1911) e Rodrigues Alves (1924). Na
Ilha da Restinga descansam o brigue holandês Schuppe (1634), o vapor inglês
Psybe (1852) e o iate norueguês Alert (1893). Na Praia de Fagundes, em Lucena,
estão o vapor brasileiro Natal (1903) e o navio italiano Vanadouro (1911). A
barca italiana Antonietti está encalhada em um banco de areia da Ilha de Tiriri
desde 1873.
Lucena
Localizada
no Litoral Norte, a turística Lucena abriga em suas águas a barca inglesa Anne
Power (1868) e o vapor americano Said Bin Sultan (1871), conhecido até a década
de 1990 como “Vanuária”, uma menção à mulher que morreu afogada ao tentar
resgatar peças nos destroços. Mais à frente, na Barra de Mamanguape, as águas
tragaram o brigue brasileiro Simpatia (1916). Em Baía da Traição é visto sob
águas claras o navio brasileiro Elias.
Imprensa PBTur
Foto Ary Amarante
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