terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

2016 será um ano de grandes desafios

Regina Amorim na Casa do Doce - município de Areia 

As transformações econômicas mundiais aliadas à crise econômica e política nacional é um fato e já começamos a sentir os seus efeitos, tanto na vida pessoal, como nas empresas, nas comunidades e regiões. O que fazer frente a essa nova situação econômica? Como tratar das dificuldades econômicas nos territórios?
Apesar do lado negativo, é preciso também focar na capacidade de superar essa nova realidade econômica, com novos projetos, nichos de mercado e novos conhecimentos através da capacitação.    A inovação e a criatividade com certeza estarão alinhadas com as estratégias de desenvolvimento local e regional e a capacidade de resposta para um novo tempo. É preciso estar na vanguarda das inovações de produtos e serviços, especificamente nos negócios do turismo.
O turismo é a atividade econômica onde as coisas acontecem ao vivo, por isso os empreendimentos precisam estar preparados para atender as expectativas dos turistas e não decepcionar, pois talvez não exista uma segunda chance de encantar esse turista. Sustentabilidade, qualidade dos serviços, hospitalidade e segurança são elementos chaves para uma ambiência favorável de desenvolvimento dos pequenos negócios, portanto não olhe apenas para o lado interno, mas também esteja atento para as variáveis externas.
A jardineira Flor da Trilha tem levado alegria
O turismo nacional é um grande negócio para o desenvolvimento local, principalmente nesse momento em que a alta do dólar, o câmbio e os impostos, afetam diretamente e de forma negativa as viagens internacionais. Muito importante nesse momento o fortalecimento da governança local, contribuindo para o bem estar da população e o fortalecimento dos pequenos negócios, com relação ao seu próprio desenvolvimento e ao futuro que desejam.
As redes empresariais e todos os processos sociais, econômicos, políticos, culturais e ecológicos também serão de grande relevância em qualquer estratégia de desenvolvimento local e regional, favorecendo novos investimentos e a geração de empregos. Portanto o período exige dos empresários mais planejamento, desenvolvimento, controle e avaliação, de forma permanente. É preciso ter metas desafiadoras, instigantes. É importante inovar e correr riscos calculados.
O turismo é a atividade econômica que promove relacionamentos, seja de lazer ou de negócios. O momento exige uma unidade de propósitos entre governo, comunidade e empresários locais e mais conexões entre as agências de receptivo, os clientes e os fornecedores de serviços turísticos, com o propósito de ouvir mais o cliente e focar em interesses comuns.
Buscar novos conhecimentos e novas relações de network através de cursos que podem deixar um grande legado para o seu crescimento empresarial e profissional. Como exemplo cito o curso EMPRETEC, Formação de Empreendedores em Eventos e o curso Formação de Empreendedores em Visão Territorial Sustentável, todos realizados pelo SEBRAE/PB. Também é muito importante buscar novas soluções gerenciais e capacitar a geração Y e Z para a gestão dos negócios. Os pequenos negócios, sejam eles formais, informais, culturais e turísticos são em qualquer parte do mundo, os atores essenciais da produção, da inovação e da inclusão social.
Passeios pelo litoral
Negócios com foco na economia criativa, na economia da experiência e na produção associada ao turismo estarão em alta no momento atual. São negócios relacionados ao mercado da criatividade, seja na área de moda, design, audiovisual, arquitetura, cultura, turismo, gastronomia, eventos e outros. Para o momento é prioridade conter o turismo emissivo internacional e fortalecer o turismo doméstico, integrando as regiões dos Estados.
Para melhor exemplificar, é importante que os paraibanos invistam nas viagens nacionais e regionais, conhecendo o turismo criativo de experiência e se encantando com a riqueza cultural e a hospitalidade dos atores locais. É preciso conhecer as histórias de superação de empreendedores, que transformam obstáculos em negócios inovadores, possibilitando ao turista partilhar de vivências e sentir a energia positiva capaz de fazer cada um de nós, uma pessoa mais humana, mais feliz e com mais auto estima.
Esse é o turismo alternativo, fator de desenvolvimento que respeita a autenticidade e a capacidade dos espaços visitados, promove a conservação dos recursos locais, foca atenção na competitividade empresarial, diminuem os custos dos turistas, aumenta os benefícios e movimenta a economia nas comunidades visitadas. Diante da atual conjuntura econômica, vale salientar que um território organizado contém todos os fatores do seu próprio desenvolvimento, com capacidade para vencer os desafios externos e inovar localmente.




Regina Medeiros Amorim
Mestre em Visão Territorial e Sustentável do Desenvolvimento,
Pós graduada em Gestão e Marketing do Turismo,
Gestora de Turismo do SEBRAE – Paraíba.

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