Produção do mel de abelhas Uruçu é atrativo turístico em Pilões
O meliponicultor José Geraldo Trajano sobrevive da produção do seu meçiponário |
Há cinco anos o agricultor José Geraldo
Trajano sobrevive da produção do mel de abelhas Uruçu e da produção de bananas.
Ele é proprietário do Sítio Riacho da Faca, situado na zona rural do município
de Pilões, e conta que a sua produção do mel que é medicinal e nutritivo, foi
iniciada com o cultivo de apenas quatro caixas, hoje o seu meliponário já conta
com quatrocentas caixas hermeticamente fechadas instaladas em um galpão na
propriedade que lhe rende 200 litros do produto ao ano.
O meliponicultor conta apenas com duas
pessoas para ajudar no cultivo das colméias e revela que quem trabalha mesmo
são as abelhas, “é um cultivo bem pratico porque além ser uma espécie de abelha
que não possui ferrão, portanto não necessitamos de roupas adequadas para
tratar da produção, todo o trabalho é feito por elas que colhem o pólen das
flores e produzem o mel que nós apenas colhemos das caixas onde ficam
armazenadas a colméia”, explica o agricultor com bastante entusiasmo. O
recolhimento do mel é feito com uma maquina de sucção com bomba.
Um custo baixo com lucro rentável já
que o litro do mel é comercializado ao preço de R$ 80. Ele explica que no
primeiro ano, a dedicação é totalmente voltada para a multiplicação de colméias
e, quando atingem um número suficiente, se reserva uma parte para a produção de
mel e outra parte para continuar o processo de multiplicação, “um dos aspectos
mais importantes que o meliponicultor deverá ter em mente ao realizar a
colheita e o envase do mel é em relação à higiene, que é fundamental para
manutenção da qualidade do produto final”, explicou.
O mel dessas abelhas, além de muito
saboroso, uma colônia pode produzir até 10 litros no ano, em épocas favoráveis,
embora a média seja de 2,5 a 4 litros ano pó colônia. O mel da abelha Uruçu é considerado
medicinal, rico em propriedades bactericidas, energéticas e antioxidantes. A
colheita do pólen não é realizada em todas as flores porque as abelhas têm as
de sua preferência, por isso a sua produção é mais baixa do que as de outras
espécies, “a nossa região do Brejo é rica nas flores da espécie Sábia, Pau
D’arco, Malva Branca, entre outras que são as suas prediletas”, revelou.
Seu José Geraldo revela com carinho como
é a vida das abelhas em uma colméia. De acordo com ele a colméia é composta de
várias princesas e de apenas uma rainha. O papel da princesa é executado no
caso de morte da rainha, ai então ela terá que voar e ser fecundada pelo zangão
que morre após o ato e a ex-princesa volta a colméia como rainha, vai viver
mais cinco anos, porém, não voará mais porque ficará no comando da colméia.
Incentivo a
produção
Para iniciar o cultivo do mel seu
Geraldo contou com ajuda da consultoria do Sebrae-PB que, além da orientação
técnica de cultivo e manejo da produção, também foi orientado para desenvolver
o turismo de experiência e hoje tornou-se ponto de passagem para os amantes de
caminhada ecológica que visitam o local não somente para conhecer o apiário,
reabastecem suas energias com uma deliciosa comida regional preparada no fogo à
lenha em panela de barro e churrasco preparado na churrasqueira de tijolo.
No local também é servido um café da
manhã ou lanche da tarde, onde são oferecidas frutas, sucos, tapioca, queijo, os
mais variados tipos de bolos, canjica, pamonha, entre outros e, como não
poderia faltar o tradicional “pão de mel”. No agradável ambiente o visitante
também poderá ser refrescar com banho de piscina em água vinda de nascente e
também adquirir o artesanato que lá é produzido. O agricultor também tem um cultivo de 60
hectares de bananas que são comercializadas em sua grande maioria em municípios
do Rio Grande do Norte.
Saiba Mais:
Meliponário: é o nome dado a
uma coleção de ninhos de abelhas sem ferrão, também conhecidas como
meliponíneos.
Meliponicultor: nome dado ao
cultivador do meliónário.
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