quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Produção do mel de abelhas Uruçu é atrativo turístico em Pilões 


O meliponicultor José Geraldo Trajano sobrevive da produção do seu meçiponário

Há cinco anos o agricultor José Geraldo Trajano sobrevive da produção do mel de abelhas Uruçu e da produção de bananas. Ele é proprietário do Sítio Riacho da Faca, situado na zona rural do município de Pilões, e conta que a sua produção do mel que é medicinal e nutritivo, foi iniciada com o cultivo de apenas quatro caixas, hoje o seu meliponário já conta com quatrocentas caixas hermeticamente fechadas instaladas em um galpão na propriedade que lhe rende 200 litros do produto ao ano.
         O meliponicultor conta apenas com duas pessoas para ajudar no cultivo das colméias e revela que quem trabalha mesmo são as abelhas, “é um cultivo bem pratico porque além ser uma espécie de abelha que não possui ferrão, portanto não necessitamos de roupas adequadas para tratar da produção, todo o trabalho é feito por elas que colhem o pólen das flores e produzem o mel que nós apenas colhemos das caixas onde ficam armazenadas a colméia”, explica o agricultor com bastante entusiasmo. O recolhimento do mel é feito com uma maquina de sucção com bomba.
         Um custo baixo com lucro rentável já que o litro do mel é comercializado ao preço de R$ 80. Ele explica que no primeiro ano, a dedicação é totalmente voltada para a multiplicação de colméias e, quando atingem um número suficiente, se reserva uma parte para a produção de mel e outra parte para continuar o processo de multiplicação, “um dos aspectos mais importantes que o meliponicultor deverá ter em mente ao realizar a colheita e o envase do mel é em relação à higiene, que é fundamental para manutenção da qualidade do produto final”, explicou.
O mel dessas abelhas, além de muito saboroso, uma colônia pode produzir até 10 litros no ano, em épocas favoráveis, embora a média seja de 2,5 a 4 litros ano pó colônia. O mel da abelha Uruçu é considerado medicinal, rico em propriedades bactericidas, energéticas e antioxidantes. A colheita do pólen não é realizada em todas as flores porque as abelhas têm as de sua preferência, por isso a sua produção é mais baixa do que as de outras espécies, “a nossa região do Brejo é rica nas flores da espécie Sábia, Pau D’arco, Malva Branca, entre outras que são as suas prediletas”, revelou. 
Seu José Geraldo revela com carinho como é a vida das abelhas em uma colméia. De acordo com ele a colméia é composta de várias princesas e de apenas uma rainha. O papel da princesa é executado no caso de morte da rainha, ai então ela terá que voar e ser fecundada pelo zangão que morre após o ato e a ex-princesa volta a colméia como rainha, vai viver mais cinco anos, porém, não voará mais porque ficará no comando da colméia.

Incentivo a produção

Para iniciar o cultivo do mel seu Geraldo contou com ajuda da consultoria do Sebrae-PB que, além da orientação técnica de cultivo e manejo da produção, também foi orientado para desenvolver o turismo de experiência e hoje tornou-se ponto de passagem para os amantes de caminhada ecológica que visitam o local não somente para conhecer o apiário, reabastecem suas energias com uma deliciosa comida regional preparada no fogo à lenha em panela de barro e churrasco preparado na churrasqueira de tijolo.
No local também é servido um café da manhã ou lanche da tarde, onde são oferecidas frutas, sucos, tapioca, queijo, os mais variados tipos de bolos, canjica, pamonha, entre outros e, como não poderia faltar o tradicional “pão de mel”. No agradável ambiente o visitante também poderá ser refrescar com banho de piscina em água vinda de nascente e também adquirir o artesanato que lá é produzido.  O agricultor também tem um cultivo de 60 hectares de bananas que são comercializadas em sua grande maioria em municípios do Rio Grande do Norte.

Saiba Mais:

Meliponário: é o nome dado a uma coleção de ninhos de abelhas sem ferrão, também conhecidas como meliponíneos.
Meliponicultor: nome dado ao cultivador do meliónário.


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